terça-feira, novembro 18, 2008

Cultivar a energia interior


Cultivar a energia interior é como plantar rosas em um jardim e esperar a vinda das borboletas ao invés de procurá-las nos jardins dos outros. As rosas são nossas preciosidades, são nossos tesouros íntimos e é aí que devemos orientar nosso impulso a fim de embelezar a vida. Sempre bom é lembrar, no entanto, que é exatamente a multiplicidade de flores que fazem do jardim um local bonito e agradável. Então já não basta apenas restringir nosso foco de atenção a apenas um tipo de disposição, um tipo de inclinação para as coisas. É correto orientarmos nossa vida na rota da variedade e qualidade, precisamos trilhar diversos rumos, aprender a cair e levantar. Esse é o universo do samurai.
Muitas vezes nos precipitamos e avançamos por demais um pé a ponto de quase nos surpreendermos com uma rasteira. Isso é um aspecto da natureza bruta, instintiva do corpo o qual age sem uma orientação racional. Tal ponto de atuação é deveras perigoso, faz-se necessário evitá-lo ao máximo. Mas, dentro da perspectiva de um jardim, a diversidade pressupõe flores não tanto perfumadas, uma condição de energia diminuída em foco, dissipada... Cabe, pois, ao jardineiro observar o fluxo do seu trabalho e pô-lo em sintonia com a necessidade borboletas, já que elas são os tesouros esperados. Tal trabalho é ardiloso e requer muita prática, mas com muita força e determinação conseguiremos realizá-lo!

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